terça-feira, 19 de julho de 2011

Do you ever feel...

Já alguma vez se sentiram como sendo as únicas pessoas a quem a sorte nunca alcança? Já alguma vez se imaginaram no centro de uma multidão, onde vocês são os únicos que estão mal? Já alguma vez foram egoístas ao ponto de desejar infelicidade a alguém? Já alguma vez se enojaram da alegria excessiva dos outros? Já alguma vez desejaram a morte? Se não, então não conseguem nem de perto imaginar como é ser EU. Estou tão farto e dia após dia odeio o facto de acordar e ainda estar vivo. Peço todos os dias que se exista algum "Deus" que tenha pena de mim e faça com que eu morra de uma vez por todas. Mas nem eu próprio tenho pena de mim... Sou um caso perdido, não há volta a dar. Fui dotado de algumas capacidades, mas em contra partida fizeram com que nunca fosse feliz. Alguma vez me deram a escolher o que eu pretendia? Se preferia "mudar o mundo" ou se preferia ser feliz? Não, nunca, agora fiquei sem nenhum dos dois. Na minha vida inteira apenas à pouco tempo tive uma pequena demonstração do que é ser feliz, durou 2 semanas, mas foi mais que suficiente para saber que era aquilo com que eu sempre sonhei, consegui saber como é que se sentem todos a minha volta, que inveja! Aquilo é que era ser feliz, caramba quero mais daquilo! Foi tão bom que eu achei estranho estar-me a acontecer a mim, era demais, não merecia algo assim. Vou ser sincero e directo, não sou exemplo para ninguém, não sirvo para ajudar ninguém nem para dar conselhos a alguém. Por isso, mais uma vez, desistam de mim! Não tenho solução, estou perdido. Mas a culpa não é minha, não fui eu que escolhi nascer no ambiente em que nasci, não fui eu que escolhi a minha sorte, a minha saúde, a minha família...  Isso tudo tornou-me naquilo que sou hoje, eu acabei por me tornar naquilo que nunca quis ser. Estive sempre tão preocupado com a minha aparência exterior, em comprar roupas de marca como se isso me fosse tornar numa pessoa melhor, que nunca me preocupei com o meu interior, mas isso, também não é algo que se possa comprar. Era bom se pode-se chegar á farmácia e perguntar: olhe se faz favor, ainda tem daqueles comprimidos que me tornam numa pessoa bem melhor? Mas infelizmente para todos os que se preocupam comigo, não posso, eu não posso ser quem querem que eu seja, não posso ser aquela pessoa que está lá sempre para vocês, quer seja para vos ouvir ou para vos ajudar. Eu não sou assim, quando é que percebem isso? Só me preocupo com uma pessoa, ou vocês são a pessoa pelo qual estou apaixonado ou então esqueçam. Sei que sem amigos não somos nada e eu aprecio e agradeço tudo o que fazem por mim, mas não sei se alguma vez vou ser capaz de retribuir.
Se eu gosto de ser assim? Não, por isso mesmo é que mais ninguém gosta de mim, porque nem mesmo eu sou capaz de gostar. E perguntam, porque é que eu não mudo? Porque sem alguém que me dê vontade para tal, eu não consigo.
A vida ás vezes consegue ser tão simples, nós é que a complicamos. O objectivo de todos é nascer, viver e morrer, mas se é para viver mal e infeliz, então eu digo BASTA e prefiro acabar com tudo e passar essa fase.  Viver, que raio de palavra é essa? Será que se pode chamar de viver, ou melhor, aproveitar a vida, a alguém que está sempre triste e perde horas a chorar? Pois pensem nisso... Agora finalmente compreendo um suicida e acho que ninguém tem o direito de impedir alguém que queira pôr termo à vida, desde que seja de perfeita consciência. Uma coisa é certa é melhor morrer triste, do que morrer a pensar que se é feliz.
E agora pergunto, já alguma vez sentiram tudo isto? Se não, então não me tentem compreender ou talvez simplesmente fingir que o fazem.